Texto da #nutrisdobem @christianauniclinic
As lesões por queimaduras possuem alto grau de inflamação e catabolismo prejudicando o estado nutricional, resultando no comprometimento da função imunológica e aumento do risco de infecção e morte. A terapia nutricional é importante para atenuar a resposta hipermetabolica extrema do paciente com lesões extensas.
Pela International Society For Burn Injury, equipe multidisciplinar é o ponto principal no tratamento dos pacientes. Os nutrientes arginina e glutamina, desempenham um papel fundamental na reparação tecidual e cicatrização. Sendo a glutamina ainda controversa em algumas pesquisas, ela vem se destacando devido ao seu papel importante na modulação do estresse oxidativo em doenças graves.
A glutamina possui ação na divisão celular reduzindo a apoptose dos linfócitos, melhorando a imunidade. Já a arginina é usada como fonte de energia, que é precursor da ornitina que age como precursor da prolina que é vital na síntese de colágeno e formação de matriz – importante no processo de cicatrização celular. O paciente com lesões > 40% chegam a perder 25% de seu peso de admissão em 3 semanas. Isso sugere que a nutrição seja iniciada o mais precoce POSSÍVEL. A terapia nutricional por cateter enteral atenua a resposta inflamatória hipermetabolica facilitando a epitelização no intestino reduzindo a translocação bacteriana.
A atual evidencia não sugere a superalimentação, porém também não há evidencias suficientes de benefícios para determinar que a subalimentação é clinicamente indicada. Ainda é uma interrogação de como, quanto e quando iniciar a terapia nutricional nesses pacientes.
Sugere-se para melhor resposta da terapia nutricional – calculo do VET com peso ideal, aporte maior de proteína em torno de 2,0g/kg, carboidratos entre 50% a 60% com índice glicêmico controlado, associado a micronutrientes com ação antioxidante no reparo imunológico, como: vitamina C, selênio, vitamina E e betacaroteno.